Mulheres com Deficiência pela Inclusão Já!

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quinta-feira, 16 de março de 2017

Diversidade corporal



Descrição da imagem: foto colorida de duas pessoas brancas abraças bem juntas, uma de frente para outra, deitadas na cama e nuas. São um homem e uma mulher com deficiência físicas em uma posição que conota o ato sexual. 


Autoria do texto: Movimento Brasileiro: "Sim, nós podemos".


Nós somos o nosso corpo.

O meu corpo sou eu.

Você me vê porque habito um corpo.

Eu me relaciono com você e com o mundo através do meu corpo.

Se temos direito à diversidade, temos direito de nos expressar através de nossos diferentes corpos.

Ao meu corpo não falta nada,

Não quero retirar nada do meu corpo.

Sou reconhecida, aprovada ou não, pelo meu corpo.

Meu corpo guarda a memória de momentos felizes e encontros não tão felizes.

Meu corpo guarda a nostalgia do que desejo e não posso alcançar.

Meu corpo comemora tudo que consegui atingir.

Meu corpo é sábio e burro ao mesmo tempo.

Eu e meu corpo não queremos e não podemos ser autossuficientes.

Meu corpo pede e anseia pelo seu toque.

Meu corpo teme o seu não e sua agressão.




Descrição da imagem: foto de um home com deficiência física (sem a parte inferior de uma perna e sem um pé). Ele é moreno, olhos, cabelos e barba castanhos, tem tatuagens pelo corpo e está nu, sentado de lateral sobre três colunas brancas em um fundo branco.


Nossos corpos foram considerados máquinas, naturalmente ajustadas como relógios.

Descobriram o fluxo do sangue e o funcionamento orgânico dos nossos corpos.

Hoje, nossos corpos são integrados e integram partes mecânicas e eletrônicas.

Nossos corpos, hoje, rompem a barreira do humano e do cibernético,

Experimentando uma nova estética.

No entanto, é mais do que necessário, hoje, adotarmos uma nova ética

Para nos relacionarmos com nossos corpos e com o corpo do Outro.

Essa ética deve buscar algo para além da perfeição e da eugenia.

Essa ética deve buscar reconhecer e valorizar a beleza que reside na diversidade.



Descrição da imagem: foto em preto e branco de uma mulher com deficiência negra nua. Ela tem uma roda de cadeira de rodas na frente do corpo, está sorrido olhando de frente para câmera, segurando a roda e com a cabeça por cima dela, onde uma das mãos aparece junto. Os cabelos dela são encaracolados e pretos.


Vivemos na pós-modernidade.

Estamos abandonando regras fixas, parâmetros indiscutíveis e teorias que desejam explicar tudo.

Estamos perdendo um chão falsamente construído e nos lançando em incógnitas infinitas.

Assim, é natural e desejável que abandonemos a ideia do Homem Vitruviano,

Do ideal do homem proporcionalmente construído e controlado.

Há diversos corpos buscando reconhecimento,

Há diversos corpos buscando dignidade,

Há diversos corpos buscando o direito ao prazer.



Descrição da imagem: foto em preto e branco de um homem com deficiência física e uma mulher sem deficiência física, brancos. Ele está sentado em sua cadeira de rodas nu e ela está sentada no chão nua de frente para ele, encostando a sua boca bem perto da dele. Ele sorri olhando para câmera, e ela faz um expressão de sensualidade.



A energia poderosa da vida, também chamada sexualidade,

Possui a capacidade de romper barreiras, de proporcionar encontros inusitados,

Gerar novos corpos que também tem o direito ao prazer e à diversão.

E o direito à diversexualidade!

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